sábado, 31 de agosto de 2013

É agora ou nunca ( é agora ? )

Sou um poeta no escuro, sozinho, em cima do muro, ouvindo, apreensivo as vozes que dizem, cai, cai, cai passarinho, vem  morrer compreensivo
Eles não querem o meu mal, só querem o meu fim
Eles aguardam por um final, por um desfecho, mesmo que o mesmo, não seja assim
Como eu o aguardo
Silencioso seria a morte de meu sonho alado
Sorrisos viriam dos benfeitores que estão no aguardo
Confuso os passos na linha tênue e ao rebentar
Pra lado uma delícia, pra outro lado uma outra vida
Decida-se passarinho, chega de voar
Estamos aqui pra lhe enjaular 
É pro seu bem queridinho, não viemos lhe aprisionar
É um novo lar meu benzinho
Um novo lar deus dará
Ai ai 
Logo deus dará ?

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