sexta-feira, 13 de novembro de 2015

domingo, 8 de novembro de 2015

Meus passos molhados e o silêncio dessa rua escura, os prédios tremem e eu procuro aonde me apoiar, todos meus sentidos se afogando em álcool e outras drogas mais.Poderia arriscar quem sabe, dizer que o amor é uma delas, mas essa droga nunca me coube
''Não cabe mais '' Foi o que ela disse e não é fácil esquecer, a dor nunca é fácil de esquecer.Então passo a amar a dor, compreender que  a dor é o colo de todos os perdidos,  é o colo que fará com que eu me esqueça dos seus infinitos, mesmo que passageiro, o esquecimento é um deleite pro meu peito cansado.
Sigo por aí em minha fuga, em um bar quem sabe, beber até quase perder os sentidos, dormir, acordar tomar os remédios e sair de novo. Mas inevitavelmente ela volta, até mesmo nos meus sonhos, Até mesmo na minha fuga em um bar, ela estava lá, nos abraçamos e ela beijou meu pescoço e não sei se sentiu minhas lágrimas em sua blusa.Aquele abraço demorado, disse coisas que se utilizássemos palavras, tais coisas jamais seriam ditas, mas não tem como mentir em um abraço.
E ela vai embora, outra vez sem despedir, eu contido em silêncio, sigo na cidade, louco, bêbado e sorridente, no melhor dos disfarces pra um coração perdido.

arodasi, foi embora
sem demora
sem despedida
sem beijos ou promessas de voltar
só foi
se foi 

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

eu criei um mundo onde ela jamais poderia existir
por ser um mundo meu, não dela
eu depositei os meus desejos em cima de uma utopia
e atribuí a ela a culpa das minhas incertezas e depressões
mas a culpa nunca foi dela
Eu me afoguei num mar que nunca existiu

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Juba

Moça, você escreve sobre amores de metrô
e eu me lembro da primeira vez em que te vi
naquele metrô lotado as treze horas
sua amiga com cara amarrada e você sorrindo contida
olhando longe os poucos infinitos que existem nas passagens
nas pequenas viagens diárias que você faz todos os dias
mas engraçado mesmo foi quando você reparou de fato
que meus olhos perseguiam cada traço
que seus olhos faziam por baixo dos óculos embaçados