domingo, 8 de novembro de 2015

Meus passos molhados e o silêncio dessa rua escura, os prédios tremem e eu procuro aonde me apoiar, todos meus sentidos se afogando em álcool e outras drogas mais.Poderia arriscar quem sabe, dizer que o amor é uma delas, mas essa droga nunca me coube
''Não cabe mais '' Foi o que ela disse e não é fácil esquecer, a dor nunca é fácil de esquecer.Então passo a amar a dor, compreender que  a dor é o colo de todos os perdidos,  é o colo que fará com que eu me esqueça dos seus infinitos, mesmo que passageiro, o esquecimento é um deleite pro meu peito cansado.
Sigo por aí em minha fuga, em um bar quem sabe, beber até quase perder os sentidos, dormir, acordar tomar os remédios e sair de novo. Mas inevitavelmente ela volta, até mesmo nos meus sonhos, Até mesmo na minha fuga em um bar, ela estava lá, nos abraçamos e ela beijou meu pescoço e não sei se sentiu minhas lágrimas em sua blusa.Aquele abraço demorado, disse coisas que se utilizássemos palavras, tais coisas jamais seriam ditas, mas não tem como mentir em um abraço.
E ela vai embora, outra vez sem despedir, eu contido em silêncio, sigo na cidade, louco, bêbado e sorridente, no melhor dos disfarces pra um coração perdido.

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