É nas ruas sujas desta cidade que construo meu silêncio.Amedrontado,dou luz ao filho covarde que concede aos insanos a dor!
Rogo à homens fardados com expressão heróica,faces essas que denunciam,incriminam,julgam e condenam.
Desesperado cravo minhas jóias em uma pedra,escondo os meus olhos em bolsos armados,anarquistas e apontados!
Saio para as ruas sujas desta cidade,com escudo e espada à mão e uma armadilha em meu pulmão corrompido que respira forte mas se derrama em prantos.
Me apresento aos que me intimam, com pulsos cortados e cicatrizes de guerra.
Choro aos que me aconselham e faço desses um ombro momentâneo pra chorar.
Não existem festa ou celebrações,ao som fúnebre de uma carnificia,imagino palmas e balões a estourar.
E num pobre segundo concedido à mim,alivio me ao escutar sinos e flores e condenados a dançar.
Todos sabem de seu breve fim!
Uky'
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