quarta-feira, 18 de julho de 2012

Lá vai ela,a fumante passiva dos lábios insípidos e dedos manchados
Tua pele branca e macia é como os lençóis de seda dos mais lindos contos gregos e sua silhueta perfeita é tão triste como qualquer outro acorde de Jobim.
Lá vai ela,procurando mulheres e arrancando corações outra vez,espalhando seu perfume misto,essência podre e sedutora,seu olhar místico e encantador.
De mãos dadas com a luxúria ela derrama suas juras destiladas sobre aqueles que procuram muletas no luar.
Tão nova e tão fria.
Sextas tão amargas.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Deixe a nevoa a passar e o sereno leve arder seus olhos cor de mel,castanhos em um breve relance,dourados quando fitados a luz solar antônima.
Que lhe faltem as palavras quando vier a tua mente a imagem do seu coração vadio junto ao meu,era como estar embriagado de dor e comoção.
Que suas noites se tornem pesadas como sua ausência,que seu silêncio lhe machuque tanto quanto a mim e que jamais exista um gesto sequer,sem a dor.

Um novo diálogo


-Sabe o que é estranho?As vezes lutamos para que pessoas que querem nosso mal ocultamente entrem em nossas vidas.
Por que somos tão ingênuos?

-Porque é inversamente proporcional,aquilo que nos faz mal é logo aquilo que mais desejamos,somos masoquistas disfarçados de amantes feridos,somos almas carentes ocultas em histórias esquecidas
-Não consigo entender a mente humana,aquela que se diz racional,aquela merecedora de um pedestal glorioso e invicto.Somos tão fracos e carentes,necessitados orgulhosos.

-Talvez a resposta fosse essa o tempo todo,necessitados orgulhosos.

Silêncio